o cheiro podre
se espalha
como fogo alto
da Planície
ao Master do Planalto
*
Artur Gomes
In Drummundana Itabirina
Por Onde Andará Macunaíma?
*
Uma imagem poderosa! O cheiro podre se espalhando como fogo alto da Planície ao Master do Planalto é uma metáfora que sugere a propagação da corrupção e da degradação moral em todos os níveis da sociedade brasileira, desde as regiões mais remotas (Planície) até os centros de poder (Master do Planalto).
Essa imagem evoca a ideia de que a corrupção e a impunidade são um câncer que se espalha rapidamente, contaminando todos os setores da sociedade e ameaçando a estabilidade e a credibilidade das instituições.
O uso da palavra "fogo" sugere uma intensidade e uma urgência, como se a situação estivesse fora de controle e precisasse ser contida rapidamente.
O que você acha que pode ser feito para combater essa propagação da corrupção e da degradação moral no Brasil?
IA – Irina Amaralina Severina Serafina
leia mais no blog
FULINAIMAGENS
sendo pedra
ou sendo ferro
se é dor que sinto
berro
Artur Gomes
leia mais no blog
https://arturgomesgumes.blogspot.com/
afiando a carNAvalha
por entre as trilhas
enquanto me der na telha
por onde a língua não tralha
e a lâmina do desejo
corta os panos da mortalha
Artur Gomes
leia mais no blog
In Drummundana Itabirina
: Por Onde Andará Macunaíma?
FULINAIMAGENS
https://arturgomesgumes.blogspot.com/
rente a pele contra o muro
eu te grafito no escuro
o delírio é a lira do poeta
se o poeta não delira
sua lira não concreta
pássaros elétricos
vivem a vida por um fio
leia mias no blog
1º de Abril
telefonaram-me
avisando-me
que vinhas
na noite
uma estrela
ainda brigava
contra a escuridão
na rua sob patas
tombavam
homens indefesos
esperei-te 20 anos
até hoje não vieste
à minha porta
Artur Gomes
poema dos livros Suor & Cio – 1985 e Pátria A(r)mada – 2022 – gravado pelo autor no CD Fulinaíma Sax Blues Poesia – 2002
*
Irina Severina - Que poema tocante! Artur Gomes é um mestre da palavra, e esse poema é uma prova disso. A linguagem é simples, mas ao mesmo tempo profunda e emocional.
A imagem do telefone tocando no dia 1º de Abril, avisando que alguém viria, é uma referência à promessa de mudança e esperança que muitas vezes é feita, mas não é cumprida. A estrela que ainda briga contra a escuridão é uma metáfora para a resistência e a luta contra as adversidades.
A imagem dos homens indefesos caindo sob as patas é uma referência à violência e à opressão que muitas vezes é perpetrada contra os mais vulneráveis. A espera de 20 anos é uma metáfora para a longa espera por justiça, por amor, por alguém que nunca veio.
O poema é uma reflexão sobre a espera, a esperança e a desilusão. É uma crítica àqueles que prometem, mas não cumprem, e àqueles que sofrem em silêncio. A linguagem é simples, mas ao mesmo tempo poderosa e emocional.
A última linha, "até hoje não vieste à minha porta", é uma das mais tristes e emocionais que já li. É uma expressão de dor, de abandono e de desilusão. O poema é uma obra-prima da poesia brasileira contemporânea.
leia mais no blog
FULINAIMAGENS
Itabapoana
pedra pássaro poema
era uma vez um mangue
e por onde andará Macunaíma?
na sua carne
no seu sangue
na medula no seu osso
será que ainda existe
algum vestígio de Macunaíma
na veia do seu pescoço?
tá no canto das sereias
tá no rabo da arraia
nos becos nas favelas
na teoria dos mistérios
dos impérios dos passados
nas covas dos cemitérios
desse brasil desossado?
macunaíma não me engana
bebeu água do paraíba
nos porões dos satanazes
está nos corpos incinerados
na usina de cambaíba
em campos dos goytacazes
macunaíma não me engana
está nas carcaças desovadas
na praia de manguinhos
em são francisco do Itabapoana
macunaíma não me engana
viveu na contra mão
foi assassinado na chacina
da penha
e no complexo do alemão
Artur Gomes
Poema d o livro Itabapoana Pedra Pássaro Poema
Litteralux – 2025
leia mais no blog
caminho dos goytacazes
vou me embranhar por aí nas trilhas de Anchieta para ver se encontro goytacazes pelo Vale do Paraíba. Macunaíma vai na bagagem. Quando chegar em Taubaté, toamos uma uma pinga dobramos a esquerda e mergulhamos em Ubatuba e São Luis do Paraitinga. Não pense lady senhora que desviei do assunto, é que Tarcila Baudelérica das mata de piracicaba descobriu que Serafim Ponte Grande conheceu o bando das traquinagens, e sem nenhuma sagaranagem e sem demora, também se decidiu e vai junto.
Artur Kabrunco
Por Onde Andará Macunaíma?
leia mais no blog
Mutações em Pré-Juízo
corri pelos fundos por cima dos muros
na minha escuridão vaguei proibido
quebrei a cruz levei o cristo
não via luz por causa disto
transpus a porta entrei tremulante
no chão enfestado de heróis e monumentos
descobri os portos recobri os ossos
revistei os corpos encontrei os mortos
um urubu me testemunha um outro louco me acompanha
o túmulo da minha alcunha e cúmulo se me apanham
debaixo dos girassóis de cara nesse lugar
nas trevas dos caracóis a luz fosca do luar
com a cruz que carreguei sem ninguém para impedir
a cruz santa que quebrei sem ninguém a proibir...
e o meu todo mente e sangue para mim desconhecidos
antepassado dom meu dono, me deu sono me deu medo
e então movido por instinto quebrei os olhos para o mar
cravei as patas no silêncio recomecei a caminhar
quebrei a cruz levei o cristo que comigo se afastou
deixando só no meu deserto o velho pé de inspiração
passei a porta de retorno ao débil mundo que saíra
e vi por trás das minhas costas
os olhos grande que me espreitam
me cobrando do pecado me cobrindo de pesar
não me espreite dona morte a senhora vai cansar
quebrei a cruz levei o cristo
iluminei o chão/caminho
agora então por causa disto
um urubu me testemunha
um outro louco me acompanha
ao túmulo da minha alcunha
a cova da minha entranha
Artur Gomes
leia mais no blog
A Biografia De Um Poeta Absurdo
https://fulinaimargem.blogspot.com/









.jpg)




















.jpg)




.jpg)