quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

múltiplas poéticas

® "R de Refugiados"
© Tchello d'Barros

Poema visual integrante do projeto multimídia "Convergências", formado p/ livro, vídeo, projeção em eventos, exposição itinerante, curadorias, palestras oficinas e mesas-redondas.

A exposição já foi apresentada em 21 instituições culturais no Brasil e também em Argentina, Chile, Espanha, Itália, México, Portugal, Sérvia e Uruguay, por enquanto. Diversos poemas visuais desta série estão publicados em mais de 12 livros didáticos no Brasil e várias publicações no Exterior.

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® "R for Refugees"
© Tchello d'Barros

Visual poem integrating the multimedia project "Convergences", formed for book, video, projection in events, traveling exhibition, curatorships, workshop lectures and round tables.

The exhibition has already been presented in 21 culture instituitions at Brazil and in Argentina, Chile, España, Italia, México, Portugal, Szerbia and Uruguay, for a while. Several visual poems in this series are published in more than 10 textbooks in Brazil and several publications abroad.

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“Nunca mais?”, poemeto desse lindão saudoso, Mario Benedetti, em tradução de Luís Avelima.

Já era tarde
quando o corvo
de poe
tomou consciência
de que não era
um principista
mas
teimoso.


Cesar Augusto de Carvalho

 Diário de Bordo

Não, não é o que está pensando. Diário de Bordo é um blog que criei há muitos anos e, só agora, resolvi reativá-lo.

A ideia inicial era escrever sim um diário, mas meu cotidiano é muito pobre para ser registrado. então decidi que será um veículo para registro de coisas literárias, que tem a ver com meu trabalho, mas não só.

Para mim, o melhor presente de reestreia foi a publicação, com a devida autorização do autor, da resenha escrita por não menos que o querido e premiado escritor Álvaro Cardoso Gomes.

 https://eraumavezumquasediario.blogspot.com/


 “As mulheres não precisam de rituais para festejar a vida.

Elas são a festa da vida.”

Mia Couto.
In:O Fio das Missangas 


 "Não sei fazer nada sem amor. Sempre estou apaixonado por alguma coisa, que tanto pode ser uma mulher como um nascer-do-sol na praia. Para fazer cinema é fundamentalmente necessário quatro coisas: amor, inteligência, sensibilidade e sobretudo insolência."


Glauber Rocha (1939-1981) foi um cineasta, ator e escritor brasileiro. Em seus 42 anos produziu quinze filmes, oito longas e sete curtas, escreveu dois livros de ensaios, artigos para jornal e apresentou o programa Abertura da TV Tupi, em 1979. Foi o cineasta mais influente no movimento do Cinema Novo, produzindo filmes criticando a desigualdade social no Brasil entre as décadas de 1960 e 1970, num período de instabilidade do país, se opondo ao cinema tradicional brasileiro que consistia em musicais, comédias e épicos.


« A sensualidade é transversal a todas as idades.»
*
Hamilton Ramos Afonso
*
(...)

Os dedos das minhas mãos tocam-te
como se o teu corpo fosse o cordame
que amarra a vela ao mastro,
arrancando-te gemidos próprios do vento
que te percorre o corpo tenso
que se abandona ao desfrute
deixando no branco dos lençóis um rasto
que lembra a espuma que o veleiro provoca
na esteira de água sulcada pela quilha
fendendo as águas em galope...


Canto de regresso à pátria

Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá

Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra

Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá

Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo

–– extraído de “Pau Brasil”, livro publicado em 1925 por Oswald de Andrade, um ilustríssimo aniversariante de 11 de janeiro. O poema “Canto de regresso à pátria” é uma paródia, uma versão irônica de Oswald de Andrade para o poema “Canção do Exílio”, publicado em 1843 por Gonçalves Dias.

Imagem: retrato de Oswald de Andrade pintado em 1922 por Tarsila do Amaral.

Veja também:

Semióticas – O passado intransitivo

https://semioticas1.blogspot.com/.../o-passado...




(in)visibilidades (poesia, 2019)
Daniella Guimarães de Araújo

“Ela fazia daquele pedaço de vidro catado entre lixos um vislumbre.
Via-se cinderela, de salto, a roupa branca, o batom, a unha exata.
O cabelo esvoaçado. Ouvia sino. Ouvia sinos. As chuvas, depois o arco.
Seu nome era Íris.

Vinha de longe com um andar silencioso.
Não era um andar ruivo.
Nada entremeado por pressa. Como asas.
Como em francês se diz l’aile.
Desdobrava serenos como quem desdobra panos de um recém nascido.
Vagares.

São de prata alguns reflexos que a noite cria, na luz de halogênio, na luz fria.”

Daniella Guimarâes, de Leopoldina, interior de Minas, vive atualmente em Sete Lagoas, MG. É poeta desde menina, produziu de forma independente o primeiro livro ”Conto de um amor intermitente ”, em 2017. Trabalha na defesa da saúde pública há 30 anos, espaço onde está implementando o projeto Saúde e Literatura: a literatura como alento.

Capa Brochura - formato 14x21 cm - páginas 132 

 Claudinei Vieira – Desconcertos 



Ademir Assunção

Série: Fábulas Contemporâneas
do livro

Risca Faca
https://www.demonionegro.com.br/product/risca-faca/


"O poeta é aquele que deglute a palavra como objeto sexual mesmo, como um objeto erótico. Para mim, a poesia é a erotização da linguagem, o princípio de prazer na linguagem."

 

 P. Leminski.


 IRISDESCENTE(contos, 2019)

Thamires Gomes

“Você não sabe que ama uma pessoa até que isso te atinja, como um raio de calmaria, tão óbvio sobre sua cabeça que você se pergunta como não o notou antes.
Lily sempre me perguntava silenciosamente se eu a amava, como quando eu a pegava me encarando com aqueles olhinhos - como se eu fosse a garota mais incrível do mundo todo — e parecia prender o ar, como se segurasse palavras que não podia dizer. E eu queria dizer de volta (eu realmente queria) mas aquilo não seria justo, — não era completamente verdade, e se eu fosse dizer aquelas palavras para alguém, seria com absoluta certeza, porque amor é uma coisa grande demais pra se dizer mais ou menos.
Não sou uma pessoa horrível — nós poderíamos aqui discutir o sentido dessa palavra, e toda a questão moral ou religiosa que a dita, mas não acredito ser essa a grande questão. Mas, se faz diferença, não sou a vadia egoísta que usa uma garota incrível como estepe — Lily está bem longe de ser isso pra mim, e se eu fosse amar alguém, com certeza seria ela, porque, céus, ela é o tipo de garota que qualquer um agradeceria aos céus, ao Instagram, ou, no meu caso, à melhor escola pública do nosso município, por conhecê-la.”

A autora considera que tudo no livro se trata de amor - sobre amar outra pessoa, sobre a ausência de amor, sobre aqueles que têm seu direito de amar negado/invalidado, mas, principalmente, sobre a longa e cíclica (por vezes difícil e escura) jornada de amar a si mesmx.” Primeiro livro de contos de Thamires Gomes, uma verdadeira explosão de sentidos e emoções, com textos potentes, uma estreia primorosa.

T.R. Gomes, graduada em Letras no final de 2018 pelo IFSP, começou escrevendo para o seu blog pessoal, “Brilho Eterno de uma mente fingi(dor)a”, cujos contos sugiram, literalmente, de rascunhos no bloco de notas de seu celular, deixados de lado por semanas até se tornarem algo sólido. Relendo-os, percebeu que faziam algum sentido juntos, como cenas de diferentes histórias, que, reunidas, tinham algo a dizer, e foi assim que “Irisdescente” nasceu.

 Claudinei Vieira – Desconcertos



Com Os Dentes Cravados Na Memória

 

A Mocidade Independente de Padre Olivácio – A Escola de Samba Oculta No Inconsciente Coletivo, nasceu em dezemvro de 1990, durante uma viagem em que cia de Guiomar Valdez, levamos uma turma de estudantes da então ETFC(IFF), a Ouro Preto-MG, como premiação por terem vencidos a Gincana Cultural desenvolvida durante o ano, pelo Grêmio Estudantil Nilo Peçanha. Lá conheci Gigi Mocidade – A Rainha da Bateria, com quem vivi até 1996.

 

A Igreja Universal do Reino de Zeus, criei em 2002 durante a 1ª Bienal do Livro de Campos dos Goytacazes-RJ, que foi realizada nas dependências do Ginásio de Esportes do então CEFET-Campos, onde na ocasião lancei o livro BraziLírica Pereira : A Traição das Metáforas.

O grande objetivo da IURZ é homenagear deuses deusas da África e Grécia para de alguma forma descobrir de onde vem as nossas ancestralidades. De alguma forma e em alguns momentos mitologia grega e africana se misturam e viajando metaforicamente nessas realidades reinventadas vim desaguar no Vampiro Goytacá canibal Tupiniquim.

 

Artur Gomes

https://arturgumes.blogspot.com/




segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

vertigem 12

 

vertigem 12

 

o barro do valão que os pés pisaram impregnou o sangue transpirou  nos poros o limo embaixo das unhas lembra-me o lugar de onde vim aquele sertão alado como uma ilha de creta montando alazão enluarado pre-destinado a ser poeta não tracei a linha reta já nasci um anjo torto nada em mim se concreta no meu sonho – desconforto –

 

Artur Gomes

O Homem com A Flor Na Boca

https://fulinaimatupiniquim.blogspot.com/


Artur Gomes - O Homem Com A Flor Na Boca

  metafórica dialética quantas teorias terei para escrever o que falo?   quantos sapatos ainda apertam os calcanhares do meu calo?...