Oficina
Teatro Fotografia e Produção Audiovisual
Ong Beija Flor – Gargaú
São Francisco de Itabapoana- RJ
Início –
sábado - 12 de novembro - 15 às 18h
um olhar sobre a cidade o que foi o que é e o que pode ser para que seja
Oficina
Teatro Fotografia e Produção Audiovisual
Ong Beija Flor – Gargaú
São Francisco de Itabapoana- RJ
Início –
sábado - 12 de novembro - 15 às 18h
Geleia
Geral – Revirando A Tropicália
Quinta Edição – 28 – outubro – 2022 – 19h
Santa Paciência – Casa Criativa – Rua Barão de Miracema, 81
– Campos ex-dos Goytacazes-RJ
Programação:
1 – Abertura –
Artur Gomes - fala sobre as múltiplas
formas de violência que estraçalham a cultura e as artes – fragmentos de poemas
do livro Pátria A(r)ma
Sorteio do livro Zona Branca, de Ademir Assunção
2 – Lançamento do
Livro: Mana Chica do Caboio – nos passos da Dança Fluminense, de Priscilla Gonçalves de Azevedo - fala da autora sobre o livro
3 – Fulinaíma
Magnética
com Marcella Roza, Marcelo da Rosa, Serginho do Cavaco e
Mellyssa Mel
4 – Roda de Conversa – as múltiplas formas de violência que estraçalham
a cultura e as artes –
com Aline Portilho e Vera Pletitsch, com Mediação de Carla Beatriz Rangel Paes
5 – Roda de Poesia
Com Adriano Moura, Aimèe Cisneiro, Crhistina Cruz e Joilson
Bessa
6 - Mostra Visual de Poesia Brasileira – Poesia em Movimento
https://fulinaimacentrodearte.blogspot.com/
Fulinaima
MultiProjetos
@fulinama @artur.gumes
22 99815-1268 – whatsapp
Artur
Gomes
Geleia Geral – Revirando A Tropicália
28 outubro ou nada - 2022 - 19h
Por onde andará Fulinaíma?
Programação:
1 – Abertura – Artur Gomes - fala sobre as múltiplas formas de violência
que estraçalham a cultura e as artes – fragmentos de poemas do livro Pátria A(r)mada
2 - Lançamento do Livro: Mana Chica do Caboio – nos passos da Dança Fluminense, de Priscilla Gonçalves de Azevedo - fala da autora sobre o livro
3 – Fulinaíma Magnética
com Macella Roza, Marcelo
da Rosa, Serginho do Cavaco e Mellyssa Mel
4
– Roda de Conversa – as múltiplas
formas de violência que estraçalham a cultura e as artes –
com Aline Portilho e Vera
Plestitish
5 – Roda de Poesia
Com Adriano Moura, Aimèe
Cisneiro, Crhistina Cruz e Joilson Bessa
Fulinaima MultiProjetos
@fulinama @artur.gumes
22 99815-1268 - whatsapp
Mostra Visual de Poesia Brasileira
Poesia em Movimento
o delírio
é a lira do poeta
se o poeta não delira
sua lira não profeta
leia mais no blog https://fulinaimacentrodearte.blogspot.com/
QUE PAÍS É ESTE?
Fragmento
Universidade Livre de Alvito
(Afonso Romano de Sant'Anna)
1
Uma coisa é um país,
outra um ajuntamento.
Uma coisa é um país,
outra um regimento.
Uma coisa é um país,
outra o confinamento.
Mas já soube datas, guerras, estátuas
usei caderno “Avante”
— e desfilei de tênis para o ditador.
Vinha de um “berço esplêndido” para um “futuro radioso”
e éramos maiores em tudo
— discursando rios e pretensão.
Uma coisa é um país,
outra um fingimento.
Uma coisa é um país,
outra um monumento.
Uma coisa é um país,
outra o aviltamento.
Deveria derribar aflitos mapas sobre a praça
em busca da especiosa raiz? ou deveria
parar de ler jornais
e ler anais
como anal
animal
hiena patética
na merda nacional?
Ou deveria, enfim, jejuar na Torre do Tombo
comendo o que as traças descomem
procurando
o Quinto Império, o primeiro portulano, a viciosa visão do paraíso
que nos impeliu a errar aqui?
Subo, de joelhos, as escadas dos arquivos
nacionais, como qualquer santo barroco
a rebuscar
no mofo dos papiros, no bolor
das pias batismais, no bodum das vestes reais
a ver o que se salvou com o tempo
e ao mesmo tempo
– nos trai
2
Há 500 anos caçamos índios e operários,
há 500 anos queimamos árvores e hereges,
há 500 anos estupramos livros e mulheres,
há 500 anos sugamos negras e aluguéis.
Há 500 anos dizemos:
que o futuro a Deus pertence,
que Deus nasceu na Bahia,
que São Jorge é que é guerreiro,
que do amanhã ninguém sabe,
que conosco ninguém pode,
que quem não pode sacode.
Há 500 anos somos pretos de alma branca,
não somos nada violentos,
quem espera sempre alcança
e quem não chora não mama
ou quem tem padrinho vivo
não morre nunca pagão.
Há 500 anos propalamos:
este é o país do futuro,
antes tarde do que nunca,
mais vale quem Deus ajuda
e a Europa ainda se curva.
Há 500 anos
somos raposas verdes
colhendo uvas com os olhos,
semeamos promessa e vento
com tempestades na boca,
sonhamos a paz da Suécia
com suíças militares,
vendemos siris na estrada
e papagaios em Haia,
nada nada congemina:
a senzalamos casas-grandes
e sobradamos mocambos,
bebemos cachaça e brahma
joaquim silvério e derrama,
a polícia nos dispersa
e o futebol nos conclama,
cantamos salve-rainhas
e salve-se quem puder,
pois Jesus Cristo nos mata
num carnaval de mulatas.
Este é um país de síndicos em geral
este é um país de cínicos em geral
este é um país de civis e generais.
Este é o país do descontínuo
onde nada congemina
e somos índios perdidos
na eletrônica oficina
Nada nada congemina:
a mão leve do político
com nossa dura rotina,
o salário que nos come e
nossa sede canina,
e a esperança que emparedam
a nossa fé em ruína,
placidez desses santos
e a nossa dor peregrina,
e nesse mundo às avessas
– a cor da noite é obsclara
e a claridez, vespertina.
Mostra Visual de Poesia Brasileira
espiã confessa pedra que voa depois que choveu pedra em São Francisco do Itabapoana no final de 2024, por ficarem sem saber se gelo ou grani...